Oriente

Oriente

                                                               À minha mãe

Há uma casa acabada

a dormir-te os sonhos

habita-te as bocas da inocência

e deixa as manhãs

verterem nos vidros das árvores.

 

Há duas aves antigas

no movimento dos braços

a comerem-te o sal transparente

que incendeia

o lago das idades onde moras.

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